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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cliente ganha R$ 15 mil depois de ficar de cueca em porta giratória de banco

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) determinou ao Banco Itaú o pagamento de uma indenização de R$ 15 mil a um cliente que foi barrado na porta giratória de uma agência no Rio. Segundo testemunhas do processo, na tentativa de entrar no banco, o cliente ainda teria ficado de cueca na porta.

O Banco Itaú informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre a decisão.

“A gerente chegou à porta extremamente agressiva, tratando-o de maneira rude, e solicitou que ele levantasse a blusa”, contou a testemunha. E completou: “perguntou se a gerente gostaria que ele abaixasse a calça”, e ouviu da gerente que ele “estava sendo muito atrevido”.

De acordo com a testemunha, o cliente “abaixou as calças até as coxas, podendo ser visto em trajes íntimos”. Mesmo assim, de acordo com o processo, o cliente não pode entrar na agência. “A gerente impediu a entrada sem explicar o motivo”, afirmou a testemunha.

O processo concluiu que o Banco Itaú “prestou um serviço defeituoso” ao cliente, “impedindo-o de adentrar ao estabelecimento bancário, mesmo após ter cumprido as formalidades impostas e ainda ser submetido à situação humilhante e constrangedora violando direito à dignidade humana”. Ainda segundo o processo, “o autor ficou impedido de entrar no estabelecimento bancário do qual era correntista, mesmo após depositar todos os seus pertences pessoais no compartimento indicado pelos vigilantes”.

O Banco Itaú, de acordo com o processo, não deu “nenhuma justificativa acerca do motivo de não ter permitido a entrada do autor em seu estabelecimento, sequer explicou os reiterados travamentos da porta giratória”. O juiz classificou a conduta do banco como “abusiva”.

O processo afirma que a situação causou “sem dúvida, toda sorte de vexame e constrangimento, perante as pessoas que estavam no local, maculando desta forma a sua imagem”.

Em sua sentença, o juiz explica que a indenização de R$ 15 mil tem o objetivo de “desestimular a prática de reiterados desrespeitos, a fim de que sirva de alerta para que se evite o descaso percebido”. G1

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