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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Japão quer cooperar com países que compartilham florestas da Amazônia

O governo do Japão tem interesse em atuar em conjunto com os países que dividem as florestas da Amazônia para reduzir os efeitos da mudança climática, disse nesta quinta-feira (21) Takehiro Kano, diretor da Divisão de Mudança Climática.

- Estamos interessados em trabalhar com os países latino-americanos que compartilham as florestas amazônicas. Acabamos de começar a fazê-lo.

A Amazônia tem uma extensão de 4,1 milhões de hectares, mas está perdendo rapidamente suas árvores pelo desmatamento. Kano explicou que na próxima terça-feira (26) na cidade japonesa de Nagoya, na Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Biodiversidade (COP10), serão analisados os diversos aspectos da associação com Papua Nova Guiné como parte do programa das Nações Unidas de Redução de Emissões Oriundas por Desmatamento e Degradação das Florestas (REDD, na sigla em inglês).

Por intermédio do REDD, com o apoio de países como o Japão e França, deverá começar no próximo ano a atuação no Brasil para a proteção das florestas, explicou Kano. O diretor da Divisão de Mudança Climática manifestou que o governo japonês espera que "Equador apoie o acordo de Copenhague para trabalhar com eles em alguma negociação".

Por outro lado, o funcionário japonês expressou que o Japão está disposto a apoiar a redução de danos e adaptação dos países vulneráveis à mudança climática, ao lembrar que propôs a chamada iniciativa Hatoyama, que envolve um financiamento equivalente a R$ 25,2 bilhões (US$ 15 bilhões) em três anos.

Durante a cúpula de Copenhague os representantes de 50 países acordaram elevar para R$ 6,7 bilhões (US$ 4 bilhões) o financiamento até 2012 do fundo mundial para impulsionar a recuperação de áreas afetadas pelo desmatamento em países em desenvolvimento.

A destruição florestal do planeta representa 20% das emissões anuais de carbono em nível mundial. Kano lembrou que o Protocolo de Kyoto em 1997 não inclui as emissões de gases poluentes de países emergentes, entre estes China, Índia, África do Sul, Brasil e México, que atualmente têm grande peso na economia do planeta.

- Nenhum desses países têm obrigações para reduzir ou mitigar a mudança climática.

Esse protocolo, criado em 1997 e que expira em 2012, começou a vigorar em 2005. Por meio do documento, 37 países industrializados e a União Europeia se comprometeram a reduzir em 5,2% as emissões de gases causadores do efeito estufa, considerados os responsáveis pelo aquecimento global, tomando por base o que foi emitido em 1990.

Kyoto é importante por ser o primeiro passo para um compromisso global de corte de emissões. O acordo previa metas para reduzir as emissões de países desenvolvidos, mas poupava os em desenvolvimento, como o Brasil, o que reduziu muito os seus efeitos. Além disso, os Estados Unidos não assinaram o protocolo, tornando-o um tanto ineficaz. O país emite 20% dos gases, a Europa 12% e o Japão 4%, mas China e a Índia já lançam 23% e 6%, respectivamente. Fonte: Agência EFE

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