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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tremor no AC foi profundo demais para causar destruição, diz sismólogo

Apesar de atingir 6,5 pontos de magnitude, o tremor que ocorreu no Acre nesta segunda-feira (24) foi muito profundo para causar estragos, afirma o sismólogo da Universidade de Brasília (Unb) João Corrêa Rosa. O abalo sísmico aconteceu a 580,5 km de profundidade e, segundo o especialista, quanto mais fundo o epicentro do terremoto, menos problemas ele causa. "Ocorre um amortecimento, um espalhamento das ondas [sísmicas] antes de elas chegarem à superfície."

O sismólogo explica que a situação no Acre é muito diferente do terremoto que abalou o Haiti no início do ano. Lá, o abalo atingiu 7 pontos de magnitude mas ocorreu a apenas 10 km de profundidade, além de estar muito próximo à capital do país.

Apesar de atingir 6,5 pontos de magnitude, o tremor que ocorreu no Acre nesta segunda-feira (24) foi muito profundo para causar estragos, afirma o sismólogo da Universidade de Brasília (Unb) João Corrêa Rosa. O abalo sísmico aconteceu a 580,5 km de profundidade e, segundo o especialista, quanto mais fundo o epicentro do terremoto, menos problemas ele causa. "Ocorre um amortecimento, um espalhamento das ondas [sísmicas] antes de elas chegarem à superfície."

O sismólogo explica que a situação no Acre é muito diferente do terremoto que abalou o Haiti no início do ano. Lá, o abalo atingiu 7 pontos de magnitude mas ocorreu a apenas 10 km de profundidade, além de estar muito próximo à capital do país.

Segundo Rosa, os terremotos no Acre fazem parte do fenômeno geológico que forma a Cordilheira dos Andes. O estado fica sobre a placa tectônica da América do Sul, mas embaixo dele está a ponta da placa de Nazca, que vem do Oceano Pacífico e está entrando sob a América do Sul.

"Sismos nessa região são comuns. Não é difícil ocorrer abalos a dessa magnitude perto [da cidade] de Cruzeiro do Sul.", diz.

De acordo com o sismólogo, um terremoto da magnitude do que ocorreu no Acre seria sentido pela população se acontecesse no máximo a cerca de 50 km de profundidade. Um fenômeno assim, contudo, é muito raro, pois na região o "esfrega-esfrega" entre as placas tectônicas ocorre a centenas de quilômetros abaixo do solo. G1

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