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terça-feira, 30 de junho de 2009

PF lança programa que desenvolve retrato falado com qualidade fotográfica

A Polícia Federal lançou nesta terça-feira (30) o programa “Horus”, uma nova ferramenta de identificação de criminosos e pessoas desaparecidas nas investigações policiais por retrato falado com qualidade fotográfica. O software desenvolvido pela PF dispõe de uma série de diferenciais em relação ao usado até então, que reproduzia apenas imagens em preto e branco e com baixa resolução.

A ferramenta desenvolvida para o combate ao crime tem como grande diferencial a possibilidade de trabalhar com imagens de alta definição, o que propicia a qualidade fotográfica aos retratos falados.

A PF criou um banco de imagens coloridas, com características de pessoas brasileiras, com a possibilidade de acrescentar detalhes que ajudarão a tornar os retratos falados cada vez mais reais. O programa permite o uso de projeções de envelhecimento, o acréscimo de disfarces, cicatrizes e acessórios, além da equalização de tons de pele. São 4 mil imagens cadastradas no banco de dados do sistema.  

O programa, desenvolvido por servidores do Instituto Nacional de Identificação, em um primeiro momento será apresentado para 100 papiloscopistas de todo o país. Todos receberão treinamento para operar o Horus, que funciona em computadores comuns. 

Outra finalidade do programa será a de localização de crianças desaparecidas, a partir do uso de imagens do pai e da mãe, aliado a atualização da foto da vítima, de acordo com sua idade atual. Para o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, a nova ferramenta reforça a posição da Polícia Federal do Brasil como referência mundial em segurança.


Projeto Horus - Simulação de disfarces

Segundo o papiloscopista Antonio Vantuir, que trabalhou no desenvolvimento do programa, a PF constatou a eficiência da ferramenta durante a etapa de testes. “Tivemos casos positivos em fase de teste, antes mesmo do lançamento do programa”, disse. “Com o programa, aumenta a probalidade de identificação de suspeitos a medida que o retrato tem alta definição”, completou. 

O programa deverá em breve ser usado também por outras polícias, por meio de convênios a serem assinados junto a PF. “Pretendemos firmar cooperações em breve com outras corporações policiais, não só do Brasil”, destacou o papiloscopista Carlos Eduardo Moreira. Segundo ele, o retrato falado pode demorar de uma a seis horas para ser feito, a depender da capacidade da vítima em descrever.

Como em um quebra cabeças, o retrato falado começa a ser montado a partir da escolha do rosto. Depois, os detalhes como os olhos, cor de cabelo, nariz e boca são adicionados na montagem. Moreira ressaltou que a PF tem o objetivo de deixar claro que o retrato falado não se trata de uma reprodução real da pessoa, mas é uma imagem aproximada, feita a partir das características. 

De acordo com a PF, suspeitos de participação em crimes de grande repercussão no país foram presos a partir do retrato falado. Entre os exemplos estão o envolvidos no assalto do Banco Central de Fortaleza e no assassinato da missionária Dorothy Stang, no Pará. G1

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